Corpo de Michael com a inscrição "homicídio"
Segundo o advogado Ed Chernoff, o próprio popstar tomou pílulas de Lorazepam e auto-injetou uma dose massiva do anestésico propofol causando a overdose e, consequentemente, a morte:
- Michael Jackson estava frustado porque seu médico não lhe deu o remédio que ele queria. Ele agiu de maneira que causou sua própria morte. Nossas provas mostrarão isso. Michael tomou 8mg de lorazepan. Os especialista mostrarão que isso é o suficiente para colocar seis de vocês para dormir.
E prosseguiu:
- Michael administrou uma dose de propofol sozinho quando Murray deixou o quarto. Somado ao lorazepan, isso criou uma tempestade que causou sua morte. Quando Murray voltou, não adiantava fazer CPR. Ele morreu tão rapidamente que seus olhos ainda estavam abertos.
Ainda segundo a defesa do médico, Murray estava tentando fazer com que Michael parasse de usar propofol para dormir usando outros sedativos e por isso na noite anterior à morte do cantor o anestésico não foi administrado. O médico chorou em determinado momento do discurso de seu advogado.
O julgamento O julgamento de Conrad Murray pela morte de Michael Jackson teve início no começo da tarde (8h30 no horário local) desta terça, 27, em Los Angeles. O médico de 58 anos é acusado de homicídio culposo - quando não há intenção de matar - pela promotoria. Ele pode enfrentar uma pena de até quatro anos de prisão. O julgamento deve durar até cinco semanas.
O médico que ministrou as drogas que levaram o cantor à morte em junho de 2009 chegou ao tribunal por volta de 12h30, dentro de um carro. No mesmo horário, mas a pé, caminhando em meio aos fotógrafos, chegou a família Jackson. Entre eles, a matriarca Katherine e o pai Joe Jackson, além dos irmãos Jermaine, Janet, Tito, Randy e LaToya.
Argumentos da promotoria: 'Incompetência e negliência' de Murray na overdose por propofol
A sessão desta terça foi aberta com os argumentos do promotor David Walgren. Na tese da promotoria, Michael Jackson morreu por uma overdose de propofol, um forte anestésico, ministrado pelo Doutor Conrad Murray em 25 de junho de 2009. A promotoria quer provar que Murray agiu com "incompetência e negligência" no caso.
Para provar que Murray queria deixar Michael constantemente dopado, o promotor acusou o médico de comprar regularmente grandes quantidades de propofol, inclusive mentindo ao farmacêutico que tinha uma clínica em Santa Mônica para ter acesso a tais drogas.
Ainda no intuito de demonstrar a fragilidade de Michael, a promotoria exibiu uma gravação até então inédita, feita pelo próprio celular de Murray, da voz de Michael Jackson falando sobre a turnê "This is it" sob "efeito de substâncias desconhecidas", mas audivelmente desorientado.
"Nós temos que ser fenomenais. Quando as pessoas deixarem este show, queremos que eles digam: 'Nunca vi nada como isso. Ele é o maior artista do mundo'", dizia Michael, com uma voz fraca e confusa, na gravação.
Após a gravação que prova o estado crítico de Michael, a promotoria argumenta: "Era assim que Conrad Murray o observava em 2009. E o que ele fez com essa conhecimento e informação? Em maio de 2009, ele pediu mais uma leva de propofol". Murrey teria comprado 40 frascos de 100 ml do anestésico na data.
O promotor acusou Murray de abandono, já que o médico deixou Jackson sem supervisão durante alguns minutos, e disse ainda que os dois não mantinham uma relação médico-paciente e sim de empregado-empregador:
"Dr. Murray agiu de maneira muito negligente e não trabalhava pensando no que era melhor para Michael Jackson. Ele trabalhava por US$150 mil por mês.” Além disso, a promotiria declarou que Murray não teria dito aos médicos da emergência que administrou propofol no cantor.
Da Redação com O NORTE
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