Caso aconteceu em São José do Rio Preto, no interior de SP.
A morte levou o hospital a paralisar a coleta de medula para transplante e o Conselho Regional de Medicina (Cremesp) e a Polícia Civil a abrirem investigação.
O laudo, do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) da Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp), atesta que a jovem teve a veia subclávia perfurada, o que causou hemorragia e um choque hipovolêmico - queda de pressão causada por grande vazamento de sangue -, que a levou à morte. As perfurações ocorreram durante a tentativa de implantar um cateter para fazer a coleta da medula na veia subclávia (próxima da jugular) esquerda, segundo o laudo.
Os médicos não diagnosticaram as perfurações e liberaram a moça, que estava hospedada em um hotel de Rio Preto. Quatro horas depois, Luana foi levada à emergência do hospital reclamando de fortes dores e agonizou por mais de uma hora sem receber atendimento de médicos. Mas, ao ser assistida, foi novamente vítima de outros procedimentos errados, e morreu.
Nesta quinta-feira, o delegado João Lafayete Sanches Fernandes, do 5º Distrito Policial, onde foi aberto inquérito para apurar a responsabilidade pela morte da universitária, ouviu mais duas médicas, uma responsável pelo implante do cateter e outra que a atendeu na emergência. O médico também recebeu o laudo do SVO.
O documento mostra que houve "múltiplas perfurações em veia subclávia esquerda", como causa básica da morte. Em consequência, surgiram hemorragias intratorácicas, que causaram o choque hipovolêmico. "O choque hipovolêmico resulta da perda sanguínea ou volume plasmático. Isso pode ser causado por hemorragia, perda líquida ou trauma, sendo que o choque é uma disfunção que, se não corrigida, leva à morte", diz o laudo.
Com o documento, o delegado espera poder apontar os responsáveis pela morte da universitária. O Hospital de Base informou, por meio de sua assessoria, que não se manifestará sobre o assunto até o encerramento da sindicância aberta para apurar o caso.
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