Presidente americano usa comemoração de olho nas eleições de 2012
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, completa 50 anos nesta quinta-feira (4). A data ocorre dois dias após assinar o acordo entre republicanos e democratas que evitou um calote histórico. Mas, para o presidente americano, seu aniversário vai servir para recuperar eleitores e dar início à corrida presidencial, que ocorre no ano que vem.
Conheça a história de Barack Obama
Para chegar ao acordo, o Partido Democrata foi obrigado a aceitar o corte de gastos na ordem de R$ 3,7 trilhões (US$ 2,4 trilhões) nos próximos dez anos. Em troca, o teto da dívida vai subir em R$ 3,3 trilhões (US$ 2,1 trilhões).
Os democratas querem impostos maiores aos ricos, ao mesmo tempo em que protegem programas sociais de saúde e educação, por exemplo. Já os republicanos pedem cortes em todas as áreas, inclusive nas sociais – o que faria Obama mais impopular. Um novo projeto, que vai definir os cortes, deve ser votado em 2012 – ano da corrida presidencial.
De olho nessa disputa, as comemorações do aniversário de Obama começaram ainda na quarta-feira (3), com diversos eventos na cidade de Chicago, reduto eleitoral do presidente.
Durante encontro com simpatizantes, que foi transmitido por videoconferência para diversas cidades do país, Obama aproveitou para apontar diferenças “profundas” entre a visão de republicanos e democratas sobre política econômica. E convocou seus seguidores a entrar na disputa eleitoral.
- Em alguns aspectos, a próxima eleição será mais importante do que a última.
Após a intensa disputa na Câmara e no Senado para provar o acordo, Obama classificou as duas últimas semanas como frustrantes.
- Nós sabemos que ainda temos muito trabalho a fazer na área econômica. Espero que nós possamos evitar outro conflito interno, porque não temos tempo para esses jogos entre partidos.
Após esse evento, Obama foi para uma segunda festa, que serviu para arrecadar fundos eleitorais. No jantar, cada entrada custou mais de R$ 55 mil (US$ 35.800)
Entre os presentes no ato, podiam ser vistas várias pessoas usando bonés com o número 50, em referência ao aniversário do presidente americano, que preparou um novo corte de cabelo para a ocasião. A vencedora do Oscar Jennifer Hudson recebeu Obama cantando "Parabéns Para Você".
A Presidência americana informou que Obama deve comemorar seu aniversário em uma pequena festa com a família, no Jardim de Rosas da Casa Branca, em Washington.
História
Barack Hussein Obama II nasceu em 4 de agosto de 1961. Filho de um queniano com uma americana branca, ele foi criado pela mãe na Indonésia e depois no Havaí pelos avós maternos. Depois de estudar na Universidade de Columbia, com apoio de bolsas e empréstimos, ele recusou um emprego no mundo das finanças e preferiu um cargo como trabalhador social nos bairros da periferia de Chicago.
Mais tarde estudou em Harvard, uma das universidades que prepara a elite intelectual dos Estados Unidos. Obama foi o primeiro negro nomeado editor da prestigiosa revista de direito de Harvard em 1991. De volta a Chicago como advogado, trabalhou em um estúdio onde conheceu aquela que seria sua mulher, Michelle, uma advogada formada em Princeton e Harvard.
Criada nos bairros carentes de Chicago, Michelle se tornou diretora de um dos grandes grupos hospitalares públicos da cidade. O casal tem duas filhas: Malia e Sasha. Depois de uma tentativa frustrada em 2000, Obama foi eleito senador dos Estados Unidos (representando Illinois) em novembro de 2004. Em janeiro de 2009, tomou posse como um dos mais jovens presidentes dos
Estados Unidos. Nesse quesito, ele só fica atrás de Theodore Roosevelt e John F. Kennedy.
Reconciliação
O segundo nome de Obama é Hussein, e a direita republicana não perdeu a oportunidade de recordar o fato durante a campanha presidencial de 2008. Alguns também fizeram jogos de palavras com Obama e Osama (Bin Laden), nome do ex-líder da rede terrorista Al Qaeda.
Barack saiu das sombras em uma tarde de julho de 2004. Na época era um quase desconhecido legislador estadual de Chicago (Illinois), quando fez um discurso que incendiou a convenção democrata.
Milhões de americanos se viram refletidos no homem elegante que pedia voto para o então candidato John Kerry e, sobretudo, para promover a reconciliação dos americanos deixando de lado as diferenças partidárias, raciais, de idade e de sexo.
Foi com a agenda de reconciliação que ele venceu o candidato republicano John McCain, nas eleições de 2008.
Da Redação com G1
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