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Governo promove fórum para discutir formação do polo cimenteiro no Estado

 
O governador Ricardo Coutinho abriu, na manhã desta quinta-feira (17), o I Fórum de Fomento da Cadeia Produtiva do Polo Cimenteiro, no Hotel Tambaú,em João Pessoa.Oevento, promovido pelo Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (Cinep), é o primeiro a reunir os setores público e privado na discussão da formação de um polo setorial cimenteiro no Estado. O objetivo é o fortalecimento da cadeia produtiva local.
Ricardo Coutinho destacou os atrativos da Paraíba para a solidificação do polo cimenteiro, revelando que o Governo não tem medido esforços para fortalecer o setor. “Temos nos empenhado em pactuar a política tributária, em acelerar tramitações burocráticas e em articular agentes, a exemplo de bancos, para que os empreendimentos possam ter acesso ao crédito”, disse.
Além disso, ele enfatizou a importância da posição geográfica central da Paraíba na região, a grande existência de calcário na Zona da Mata paraibana e a determinação do Governo em projetar o Estado para outra dimensão econômica. “Posso dizer, sem medo de errar, que somos a melhor alternativa de investimento para o setor cimenteiro e seremos também para muitas outras áreas, em um médio espaço de tempo”, ressaltou.
A realização do fórum foi motivada pelo projeto de ampliação da produção de cimento na Paraíba, com a chegada de três grandes empresas do setor: Brennand, Cimpor e Elizabeth. Elas se instalam no Estado até o final de 2013, com investimentos de mais de R$ 1,2 bilhão. Atualmente, a Paraíba é o segundo Estado nordestino em produção de cimento, com a marca aproximada de dois milhões de toneladas por ano. Com a chegada das novas indústrias, esta produção deve se multiplicar, chegando a cerca de sete milhões de toneladas, anualmente.
Cadeia produtiva – De acordo com a presidente da Cinep, Margarete Bezerra Cavalcanti, o Fórum representa a iniciativa para organizar as empresas cimenteiras que já existem no Estado, bem como as três que serão construídas nos próximos dois anos. “Nosso maior objetivo com o evento é fomentar a visão de cadeia produtiva, dando funcionamento ao polo”, disse.
Treze empresas – entre elas, as três novas indústrias a serem instaladas na Paraíba e outras corporativas, que fornecem máquinas e equipamentos ao setor cimenteiro – estão expondo e compartilhando experiências no Fórum, que se estende até as 18h desta quinta.
O evento conta com a participação de técnicos do Governo do Estado, representantes de instituições ambientais e de incentivos locacionais e financeiros, indústrias cimenteiras e fornecedores de máquinas e equipamentos, transporte e logística.
Empregos e capacitação - A instalação das três novas empresas, segundo Margarete, vai gerar 1,5 mil empregos diretos e permanentes. “Se levarmos em consideração os indiretos, a oferta sobe para, aproximadamente, cinco mil. Isso é muito importante para o Estado, sobretudo porque as empresas serão instaladas em municípios que não têm muita oferta de empregos”, acrescentou.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (FIEP), Francisco Buega Gadelha, destacou que o Brasil esta passando por um momento de necessidade de cimento e, por isso, é de grande importância para o Estado a ampliação local do setor. “Aproveitando isso, estamos trabalhando na qualificação de profissionais que podem ser beneficiados com o polo. Dos 38 mil alunos que o Sistema S formará este ano, no Estado, três mil são pedreiros”, destacou.
Segundo Ricardo Coutinho, com o apoio do Governo do Estado, da Prefeitura Municipal de João Pessoa e do Sistema S, cerca de 12 mil pessoas serão qualificadas até o próximo ano. “Precisamos pensar no micro e no global, firmando compromisso para gerar qualidade de vida local, dialogando com a população que reside nas áreas onde as empresas serão instaladas e, claro, qualificando mão de obra. Com isso, estamos construindo bases concretas para que o Estado tenha outro ritmo de desenvolvimento.”
Expansão de mercado – Entre as três empresas a criar novas sedes na Paraíba, está a paraibana Cimpor, que possui,em João Pessoa, a mais antiga indústria cimenteira em atuação no País. De acordo com o gerente da nova unidade da empresa, Eduardo Baumhardt, o motivo de fazer outro grande investimento na Paraíba, além do calcário abundante no solo do Estado, é o mercado crescente no Rio Grande do Norte, Pernambuco e Ceará, destinos mais comuns da produção da empresa, e, claro, do próprio mercado paraibano.
“Nossa produção, que hoje é de aproximadamente 800 mil toneladas por ano, será ampliada. A nova sede, sozinha, terá capacidade de produzir 1,6 milhão de toneladas anualmente”, disse. A fábrica da Cimpor a ser construída terá investimentos de R$ 500 milhões e deverá criar, sozinha, 150 empregos diretos e 650 indiretos. A nova indústria começa a ser erguida no próximo mês de janeiro, no Conde. A da Brennand e da Elizabeth serão instaladas, também a partir do próximo ano, em Caaporã e Alhandra, respectivamente.
Da Redação com

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